Uma publicação recente do jornalista Marco Aurélio D’Eça voltou a acender o debate sobre as disputas de bastidores na política maranhense. Segundo informações publicadas em seu site, o pedido de afastamento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Daniel Itapary Brandão, partiu do PCdoB — partido que marcou a trajetória política do atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, desde os tempos de deputado federal até o governo do Maranhão.
O episódio reacendeu as especulações sobre o distanciamento político entre Dino e o governador Carlos Brandão, que atualmente está sem partido. D’Eça relembra que, desde que se afastou do grupo que o ajudou a chegar ao Palácio dos Leões em 2022, Brandão tem denunciado supostas articulações de antigos aliados dinistas para fragilizar sua gestão. As legendas ligadas ao ministro, como PCdoB e PSB, negam qualquer interferência e tratam as coincidências como simples alinhamentos políticos do acaso.
A matéria de Marco Aurélio D’Eça também destaca outro ponto polêmico: o caso Gilbson Cutrim, condenado pelo assassinato do empresário conhecido como “Tech Office”. Segundo o jornalista, um Habeas Corpus apresentado pela defesa do réu caiu, por sorteio eletrônico, justamente nas mãos do ministro Flávio Dino. O magistrado já teria cobrado explicações do Superior Tribunal de Justiça sobre o processo, e o prazo de resposta expirou nesta segunda-feira (10).
Coincidência ou não, o fato é que os caminhos de Brandão e Dino continuam se cruzando — agora em arenas distintas, mas com impactos diretos no cenário político maranhense. No tabuleiro do poder, as coincidências às vezes falam mais alto do que o acaso.