O crescimento no número de crianças com sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tem deixado em alerta a Secretaria de Estado da Saúde (SES) . Entre os meses de março e abril deste ano, 36% dos leitos pediátricos nos hospitais públicos no Maranhão foram ocupados.
Em São Luís, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por sua vez, informou que 63 crianças com influenza foram atendidas em unidades hospitalares sob responsabilidade da prefeitura. Nenhuma criança, porém, chegou a ser internada.
Na última sexta-feira (19), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um boletim que indicou o crescimento de internações de crianças por SRAG, em todo o Brasil. De acordo com o órgão, há tendência de alta nas internações, em 19 estados. Em 13 unidades federativas, contudo, o aumento de internações infantis é volumoso.
Para o pesquisador e coordenador do novo Boletim do InfoGripe da Fiocruz, Marcelo Gomes, há difusão de diversos tipos de vírus, no Maranhão. Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) tem sido um dos mais presentes.
O vírus sincicial respiratório (VSR) é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas. Segundo dados do boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório foram responsáveis por 59% dos casos de SRAG nas crianças com até 4 anos de 11 de dezembro de 2022 a 7 de janeiro de 2023.
Prevenção e tratamento
O vírus é muito contagioso, sendo transmitido pelo ar, por toque e por objetos contaminados. A prevenção é similar às outras infecções de causa viral, incluindo a covid-19. A médica reforça a importância de evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas – sobretudo nos primeiros três meses de vida. Manter os ambientes com ventilação adequada, lavar as mãos com sabão ou usar álcool em gel, além de máscaras são outras medidas que favorecem a redução da transmissão viral.
Mesmo não havendo vacina contra o vírus, especialistas fazem um alerta para que os familiares mantenham o calendário vacinal em dia. É fundamental manter as outras vacinas em dia, a fim de evitar a transmissão de doenças imunopreveníveis às crianças.