A recente pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada pela CNN Brasil, abriu espaço para uma leitura curiosa sobre o futuro político do vice-governador Felipe Camarão. Pela primeira vez, o petista aparece testado como candidato ao Senado em 2026. Em dois cenários distintos, oscila entre 6% e 8%, números que o colocam próximo a nomes já consolidados, como Eliziane Gama e André Fufuca.
Embora a novidade tenha sido celebrada em setores do PT e vista como alinhada ao desejo do presidente Lula de fortalecer sua bancada no Senado, fica a pergunta: trata-se de um movimento estratégico ou de uma busca por sobrevida política? Camarão vinha sendo ventilado como pré-candidato ao governo do Maranhão, mas a inclusão de seu nome na disputa por outra vaga sugere uma espécie de recuo. Para alguns, a hipótese pode soar como prudência; para outros, como o início da construção de um plano B.
A aproximação recente entre dinistas e o prefeito Eduardo Braide também reforça a ideia de que Camarão estaria tateando novas possibilidades, talvez até como moeda de troca em arranjos futuros. Afinal, se Brandão de fato deixar o cargo em abril de 2026, como já se cogita, caberia ao vice-governador tomar uma decisão que pode redefinir todo o tabuleiro político. Resta saber se o nome de Camarão desponta por convicção de projeto ou se a pesquisa revela apenas uma tentativa de manter o petista em jogo diante de cenários cada vez mais incertos.