A Clasi Segurança, empresa contratada para proteger órgãos públicos no Maranhão, está na mira de sérias acusações de violar direitos trabalhistas. Os relatos são contundentes: vigilantes que arriscam a vida todos os dias estão há quase 15 dias esperando o pagamento das férias, um direito líquido, certo e inegociável garantido pela CLT.
Fontes internas, que pediram anonimato por medo de retaliação, descrevem um cenário de promessas vazias e desculpas repetidas, enquanto boletos vencem, dívidas crescem e o estresse corrói a saúde mental dos trabalhadores. Alguns já falam em medidas extremas para forçar a empresa a cumprir a lei.
O atraso no pagamento de férias não é mero detalhe administrativo — é falta grave. Pela lei, especificamente o artigo 483 da CLT, o empregador que age assim pode sofrer a chamada rescisão indireta, a “justa causa do patrão”, garantindo ao empregado todas as verbas rescisórias como se fosse demitido sem justa causa. Mais que um descuido, trata-se de um ato que, se reiterado, abre caminho para processos e condenações judiciais.
E a legislação é clara: o pagamento das férias, com o adicional de 1/3, deve ocorrer até dois dias úteis antes do início do descanso. Não houve pagamento? É infração direta e objetiva.
Enquanto isso, a Clasi Segurança mantém silêncio absoluto. Nenhuma nota, nenhuma explicação, nenhum cronograma de pagamento. A indignação cresce no pátio das guaritas, nos corredores dos prédios públicos e nas conversas silenciosas entre vigilantes. Eles não pedem favor — exigem o que é deles por direito: respeito, pagamento e dignidade.
