No ambiente aparentemente seguro de uma escola, o preconceito encontrou espaço para se manifestar de maneira dolorosa. Venâncio, coordenador da Escola Sesi do Araçagi, foi vítima de uma clara situação de homofobia durante suas atividades profissionais, culminando não apenas em constrangimento, mas também em uma demissão abrupta e injustificada.
O incidente ocorreu no dia 11 de junho de 2024, por volta das 16h00, durante o intervalo dos alunos do nono ano do ensino fundamental. Segundo relatos obtidos pelo blog Critica Cotidiana com exclusividade, durante o intervalo dos alunos, quando o coordenador Venâncio tentava supervisionar os estudantes, se deparou com uma situação constrangedora, Thiago, um dos funcionários da escola, foi confrontado por um aluno do nono ano, que repetidamente o chamava de “Venancio”, de forma discriminatória devido à orientação sexual de Venâncio.
No entanto, a resposta do ambiente escolar foi desanimadora. Ao retornar ao trabalho no dia seguinte, Venâncio foi chamado repentinamente ao setor de Recursos Humanos pela funcionária Roseana, acompanhado por um colaborador não pertencente ao RH, o que já indicava uma atmosfera inadequada para uma conversa de demissão. Sem qualquer explicação plausível ou oportunidade de defesa, Venâncio foi informado de sua demissão, juntamente com Thiago, ambos supostamente devido à situação homofóbica anteriormente enfrentada.
A situação foi agravada pelo fato de que, nos dias anteriores à demissão (10, 11 e 12 de junho), a gerência e a gestão responsáveis pela escola estavam ausentes devido a compromissos formativos, o que levanta questionamentos sobre a falta de supervisão direta e devidas investigações antes de decisões tão severas serem tomadas.
Em seu relato, Venâncio destaca a falta de suporte e a maneira precipitada como sua demissão foi conduzida, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e imparcial por parte da administração da escola. A discriminação enfrentada não apenas por ele, mas também por Thiago, reflete uma necessidade urgente de políticas claras e eficazes de combate à homofobia dentro do ambiente educacional.
A partir de agora, a expectativa é de que medidas sejam tomadas não apenas para investigar adequadamente o incidente inicial, mas também para garantir que nenhum funcionário seja demitido de maneira injusta e sem direito à defesa, especialmente em casos sensíveis como este.
O caso deve ser investigado pela polícia civil.
Veja o BO:
Os representantes da escola não foram encontrados para comentar sobre o assunto até o momento desta publicação.