A política maranhense vive dias de instabilidade declarada. O vice-governador Felipe Camarão (PT) acusou publicamente o governador Carlos Brandão (PSB) de provocar um racha no grupo que sustenta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado. Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada no domingo (13), Camarão revelou que havia um entendimento político: Brandão deixaria o cargo em 2026 para disputar o Senado, abrindo espaço para sua candidatura ao governo. No entanto, a movimentação de Orleans Brandão, atual secretário de Assuntos Municipalistas e apontado como pré-candidato, teria rompido esse acordo silencioso, fragmentando o grupo.
“Quem é o maior prejudicado com isso? É o Lula. Porque se o nosso time se divide aqui, como o Brandão está rachando o nosso time, o maior prejudicado vai ser o Lula”, disparou o vice-governador. Camarão também alertou para o risco de um adversário fora da base aliada, como o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, sair vitorioso caso o campo governista permaneça dividido.
Diante da repercussão, Carlos Brandão foi às redes sociais nesta segunda-feira (14) e buscou conter a crise, reafirmando seu alinhamento com o presidente Lula e negando qualquer tentativa de ruptura. “O presidente Lula é um forte aliado de nossa gestão e temos o apoiado de forma pública diariamente”, afirmou. Mesmo com o tom conciliador, o cenário evidencia que as eleições de 2026 começaram bem antes da hora no Maranhão, com um embate entre aliados que pode custar caro politicamente tanto para o estado quanto para o Palácio do Planalto.
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