Em reunião realizada nesta terça-feira, na sede nacional do MDB, em Brasília, o presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi, oficializou o apoio à pré-candidatura do jovem administrador e Secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão ao governo do Maranhão. O encontro contou com a presença do presidente estadual do MDB, Marcus Brandão, da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale, e do governador Carlos Brandão, reforçando o peso político da movimentação.
Durante o encontro, Baleia Rossi afirmou que a candidatura de Orleans é prioridade para a legenda, sinalizando uma estratégia de protagonismo no cenário estadual. Iracema Vale e Marcus Brandão se comprometeram a estruturar nominatas competitivas para as eleições proporcionais, com o objetivo de eleger uma bancada robusta de deputados federais e estaduais. A presença do governador no ato é vista como um indicativo de alinhamento político e de que o MDB buscará fortalecer sua influência tanto no Palácio dos Leões quanto na Assembleia Legislativa.
Editorial — O que está em jogo no Maranhão
A decisão do MDB nacional de apostar em Orleans Brandão ocorre em um momento em que o tabuleiro político do Maranhão passa por rearranjos estratégicos. Com a “aposentadoria” de Flávio Dino da cena estadual e a fragmentação da esquerda, abre-se espaço para disputas mais acirradas entre grupos de centro e direita. O MDB, que já integra a base do governo, busca agora projetar um nome com perfil jovem e de gestão para herdar parte do capital político de Carlos Brandão, que não poderá disputar a reeleição.
O movimento também pode ser interpretado como uma tentativa de unificar a base aliada antes que adversários consolidem suas chapas. A presença de Iracema Vale, figura central na articulação legislativa, reforça o peso institucional da candidatura de Orleans. Com apoio nacional, estadual e respaldo de lideranças estratégicas, Orleans entra na disputa como pré-candidato viável, mas enfrentará um cenário de polarização crescente, onde alianças e composições partidárias serão decisivas até 2026.
