O clima é de indignação entre os trabalhadores da Expresso Rei de França — antiga empresa 1001 — após uma série de promessas descumpridas e atrasos salariais que culminaram em uma demissão em massa neste sábado (9).
De acordo com relatos, a direção havia garantido que o pagamento das rescisões seria efetuado hoje. No entanto, ao chegarem à sede da empresa, os funcionários foram surpreendidos com a informação de que não havia dinheiro disponível. Pior: muitos foram levados a assinar o aviso prévio sob a falsa esperança de receber o valor logo em seguida.
Os que permanecem na ativa afirmam estar na mesma situação crítica: férias atrasadas desde julho, agosto e setembro, além de um mês e meio sem receber salário. “É um absurdo. Eles dizem que não têm dinheiro pra pagar o trabalhador, mas estão comprando carro elétrico. Como pode isso?”, desabafou um colaborador revoltado.
A situação expõe o colapso da gestão que sucedeu a antiga 1001. Desde a transição, a empresa vem acumulando denúncias de falta de transparência e desrespeito aos direitos trabalhistas.
Com dezenas de famílias prejudicadas, os demitidos já falam em acionar o Ministério Público do Trabalho e sindicatos da categoria para garantir o pagamento das verbas rescisórias.
“Olha aí a mulecagem! Despede um monte de gente e diz que não tem dinheiro pra pagar. Mas pra colocar carro novo na rua, tem”, completou outro funcionário.
A reportagem tentou contato com a direção da Expresso Rei de França para obter um posicionamento oficial, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações da empresa.