É revoltante pensar que, enquanto milhares de trabalhadores aguardam ansiosos a aprovação da PEC do Fim da Escala 6×1, que poderia aliviar a exaustão de uma jornada desumana, a deputada Caroline de Toni, presidente da CCJ, opta por outra prioridade. Em vez de avançar com uma pauta que impacta diretamente a vida de tantas pessoas, ela decide pautar uma lei que concede ao estuprador o direito de ter filhos e coloca a mulher violentada em uma posição de punição ainda mais cruel, caso ela opte pelo aborto. Em que mundo o agressor ganha mais direitos do que a vítima?
Ao empurrar para frente uma pauta que é essencial para a dignidade dos trabalhadores, e atrasar essa votação há seis meses, a deputada revela uma agenda política que parece se desconectar das necessidades reais do povo. Caroline prefere sacrificar uma pauta que dá dignidade ao trabalhador para impor uma visão moral que apenas marginaliza e vitimiza ainda mais as mulheres. É desolador perceber que, enquanto milhares lutam por condições mínimas de trabalho, há uma insistência em proteger o agressor, em detrimento da saúde e do bem-estar da vítima. A PEC, que já deveria ter sido votada, segue esquecida, enquanto uma lei absurda recebe prioridade.
Esse é o retrato do Brasil que nos deixa perplexos. A realidade de um país onde trabalhadores cansados esperam por mudanças, enquanto deputados, que deveriam representar a voz do povo, escolhem promover uma agenda cruel e anacrônica. Em vez de garantir dignidade a quem trabalha, priorizam direitos para quem violenta, invertendo o sentido de justiça e expondo uma visão retrógrada que coloca as vítimas em sofrimento contínuo. Até quando nossos representantes vão inverter valores e punir quem merece proteção?
Em seu Instagram a deputada recebeu uma chuva de críticas nos comentários.
