Em Axixá, um tema simples vem ganhando peso político: quando a vida das pessoas depende de cadastro, benefício ou papel assinado, qualquer conversa sobre isso vira assunto sério. Existe hoje um processo eleitoral no TRE do Maranhão, ainda sem decisão, que discute as eleições de 2024. O processo é público, está em análise e não há condenação de ninguém. Segundo o que consta nos autos, aparecem debates sobre colônias de pescadores, registros, benefícios sociais e mudança de título de eleitor, tudo ainda sob investigação da Justiça Eleitoral.
Ao mesmo tempo, o país passou a acompanhar a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura supostas fraudes e descontos indevidos em benefícios do INSS. Nesse contexto nacional, o nome do senador Weverton Rocha apareceu no noticiário: a PF chegou a pedir sua prisão, mas o pedido foi negado pelo STF e pela PGR, o que precisa ser dito com clareza. Não houve prisão, mas houve busca, apreensão e investigação de pessoas ligadas ao caso, colocando o tema INSS no centro do debate público.
É nesse cenário que entra Axixá. A prefeita Roberta Barreto tornou pública sua aliança política com o senador, divulgando encontro e parceria. Tudo legítimo e assumido. Mas, quando o povo vê processo eleitoral parado, região pobre e dependente de benefício, debate sobre registros nos autos e alianças com figuras sob forte exposição nacional, a desconfiança cresce — mesmo sem condenação. Não é acusação, é percepção. E a pergunta que fica, feita nas ruas e nas esquinas, é simples: até que ponto benefício social, quando vira assunto político, pode influenciar o voto de quem mais precisa? Porque foto emociona, mas confiança só nasce de verdade, transparência e resultado.
