Fezes jorrando nas ruas, denúncias nas redes e silêncio das autoridades ampliam sensação de abandonodos dos moradores do Labelle
Moradores do conjunto Labelle Park procuraram a redação do Crítica Cotidiana para denunciar uma situação que já se tornou insustentável. Ruas do bairro estão tomadas por esgoto a céu aberto, com fezes correndo livremente, espalhando mau cheiro, sujeira e colocando em risco direto quem vive e circula pelo local. Segundo relatos de moradores, o problema persiste há meses e atinge áreas de passagem de crianças, idosos e trabalhadores, transformando a rotina da comunidade em um cenário de abandono.
De acordo com os moradores, a origem do esgoto estaria em um edifício do próprio conjunto, de onde os dejetos estariam sendo despejados diretamente nas vias públicas. Vídeos divulgados nas redes sociais, inclusive por uma moradora de nome dona Alzira, mostram a gravidade da situação e reforçam as denúncias feitas à reportagem.
A população cobra esclarecimentos da BRK, concessionária responsável pelo saneamento, e da Canopus, empresa ligada ao empreendimento, essas acusações partem da comunidade, que pede transparência e providências imediatas.
Mesmo após reclamações formais e denúncias públicas, os moradores afirmam que não houve resposta efetiva das autoridades competentes. A ausência de ações concretas amplia a revolta e levanta um alerta de saúde pública, já que esgoto a céu aberto pode favorecer a disseminação de doenças infecciosas, contaminação ambiental e outros problemas graves. A reportagem deixa espaço aberto para manifestação da BRK, da Canopus e dos órgãos públicos responsáveis, em especial a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, enquanto a população do Labelle Park segue aguardando uma solução que não pode mais ser adiada.
O que diz a Vigilância Sanitária
Procurado pelo Crítica Cotidiana, o Superintendente de Vigilância em Saúde – SVISA, Thalles Richard, explicou que denúncias relacionadas a situações de risco ou impacto à saúde pública devem ser formalmente encaminhadas à Superintendência de Vigilância em Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, mas ressaltou que “casos envolvendo esgotamento sanitário, destinação de dejetos e manejo de resíduos se enquadram, prioritariamente, na competência da Secretaria de Meio Ambiente”. Ele destacou ainda que a Vigilância Sanitária pode ser acionada pelos canais oficiais, inclusive pelo WhatsApp institucional (98) 98583-2177, para registro e acompanhamento das denúncias.
