Na tarde deste 08 de agosto, o futebol maranhense, que já desfrutou de prestígio nacional nos anos 1980, testemunhou mais um capítulo amargo de sua história. O Sampaio Corrêa Futebol Clube, outrora referência em competições regionais e nacionais e que chegou a flertar com a elite do futebol brasileiro em 2022, mergulhou em um colapso esportivo e institucional. Desde aquele quase acesso, a “Bolívia Querida” acumula fracassos dentro e fora de campo.
Dois rebaixamentos consecutivos da Série B para a Série C e, em seguida, para a Série D do Campeonato Brasileiro escancaram a falta de planejamento e o aparente descaso da diretoria com o clube e seu maior patrimônio: a torcida. São os torcedores, aliás, que amargam as consequências e que, mais uma vez, terão de carregar o fardo de reconstruir o time que amam.
A derrota por 1 a 0 para o Manauara-AM, válida pela 2ª fase da Série D, pode marcar um ponto histórico negativo. Desde 2006, o Sampaio não fica fora de todas as quatro divisões nacionais, mas corre sério risco de quebrar essa sequência. Com a quarta colocação no Campeonato Maranhense, o clube agora depende dos acessos de MAC e Imperatriz à Série C para garantir uma vaga na Série D de 2026. Caso apenas um dos dois suba, a vaga remanescente ficará com o IAPE, terceiro colocado no Estadual.
Diante da possibilidade concreta de disputar apenas o Campeonato Maranhense no próximo ano e passar o restante da temporada sem calendário, o torcedor boliviano se vê descrente com mais um mandato do presidente Sérgio Frota. O dirigente repete justificativas semelhantes às de 2012, eximindo-se de responsabilidade pelo desastre recente.
Enquanto isso, as obras de um novo supermercado Mateus avançam rapidamente no antigo Centro de Treinamento. Para um clube que já foi potência no Maranhão, a atual gestão deixa no ar uma pergunta inevitável: o Sampaio Corrêa ainda tem salvação?
