A boite Rosana deveria ser um refúgio seguro, um lugar onde as preocupações do dia se dissipam ao ritmo da música e da socialização. Contudo, para o jornalista Maldine Vieira, uma noite na Boite Rosana provou ser fatal. Este artigo não é apenas um relato de uma tragédia, mas um alerta sobre a negligência que pode se esconder por trás das fachadas brilhantes das casas noturnas. A morte de Maldine é um espelho que reflete a sombria realidade da falta de estrutura e segurança nesses locais, onde a diversão pode rapidamente se converter em desastre.
A Boite Rosana, uma casa noturna que operava sem as licenças necessárias e sem a infraestrutura de segurança adequada, tornou-se o cenário de um incidente que chocou a cidade de São Luis. A pergunta que permanece é: como um local destinado à alegria pôde negligenciar tão gravemente a segurança de seus frequentadores?
A visita da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do Corpo de Bombeiros à Boite Rosana revelou uma série de falhas críticas. A ausência de seguranças ou pessoal de apoio para auxiliar em eventuais resgates na piscina onde Maldine Vieira encontrou seu trágico fim é inaceitável. A falta de licenças para funcionamento como casa noturna e a inexistência de equipamentos de segurança básicos, como extintores e sinalização de emergência, são indicativos de uma gestão que falhou em sua responsabilidade mais fundamental: proteger a vida humana.
A proprietária, Rosana Rodrigues Costa, conhecida por Rosana, enfrenta agora as consequências de operar um estabelecimento sem os devidos cuidados. A tentativa de classificar o local como uma residência, apesar de funcionar 24 horas por dia recebendo clientes, é uma desculpa que não pode ser aceita. A lei é clara quanto às obrigações de estabelecimentos que servem ao público, e a Boite Rosana falhou em todos os aspectos.
O caso de Maldine Vieira é um lembrete sombrio de que a negligência pode ter um custo humano imensurável. A decisão de Rosana de mudar a finalidade da casa para restaurante, embora seja um passo na direção certa, não muda o fato de que medidas preventivas poderiam ter salvado uma vida. É essencial que as casas noturnas entendam que a segurança não é uma opção, mas uma obrigação.
