Na Roma Antiga, o imperador Calígula ficou famoso por suas extravagâncias e orgias regadas a excessos. Séculos depois, parece que alguns líderes municipais brasileiros resolveram seguir os passos do imperador romano durante a 25ª Marcha dos Prefeitos, realizada entre os dias 20 e 23 de maio em Brasília. O evento, que deveria ser dedicado a debater questões importantes para os municípios, acabou se transformando em um palco de escândalos dignos das piores extravagâncias imperiais.
Logo após as reuniões, era comum ver os carros oficiais das prefeituras estacionados nas proximidades do local. Lá dentro, os prefeitos, que deveriam estar preocupados com as demandas de suas cidades, estavam mais interessados em “trocar de garota” a cada hora, embalados por conversas ao pé do ouvido e incentivos efusivos de seus assessores, que berravam “Vai, prefeito!”.
A situação beirava o cômico, não fosse pelo uso indevido de recursos públicos. Uma cerveja longneck custava R$ 40, uma latinha de vodca com energético saía por R$ 55 e uma garrafa de uísque de oito anos podia chegar a exorbitantes R$ 1,2 mil. Tudo isso enquanto os shows de striptease ofereciam o pano de fundo perfeito para a orgia dos “gestores”.
É lamentável ver que, em vez de se dedicarem a resolver os problemas das suas comunidades, os prefeitos estavam mais interessados em desfrutar de prazeres carnais às custas do erário. Fica a pergunta: será que voltaram para casa com alguma solução para os problemas municipais ou apenas com histórias de aventuras nada republicanas?
