A greve dos ônibus semiurbanos tem sido um tema de grande preocupação para os moradores da Grande Ilha. Com o sindicato dos motoristas de ônibus declarando greve geral e o sindicato que representa os empresários apelando à Justiça para que os funcionários voltem a trabalhar, a situação tornou-se cada vez mais tensa. Cerca de 150 mil usuários do transporte público em São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar estão sendo afetados por esta paralisação.
A situação é ainda mais complicada pelo fato de que não há previsão para o término da greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA) alega que há um atraso de um mês de salário, que deveria ter sido pago no dia 20, mas que não foi realizado. Esta situação tem causado grande desconforto e incerteza entre os trabalhadores e os usuários do transporte público.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Renato Pires, não negou o atraso no salário, mas não deu previsão para o pagamento. Ele afirmou que o sindicato está em reunião para a resolução do problema e que busca a ação da Justiça para que os ônibus voltem a rodar.

Segundo Pires, “Dia 11 foi pago (pela MOB) o subsídio referente a janeiro de 2024. Estamos nesse momento em reunião e a primeira providência é lutar para que a Justiça do Trabalho declare a greve ilegal, pois não obedeceu os prazos obrigatórios. Isso impossibilitou tanto as empresas como a MOB de responder antes de qualquer paralização, pois deveria cumprir 72h. O retorno à operação, pelo menos de 70% dos trabalhadores, é essencial”.
Sindicato dos empresários aposta em punição da Justiça contra os Rodoviários para que ônibus voltem a circular.
O SET já entrou com uma ação na Justiça do Trabalho acusando a greve de ilegalidade, por supostas falhas no trâmite legal para declaração de greve. No entanto, até o momento não houve decisão sobre o assunto. Enquanto isso, os usuários do transporte público continuam sendo os mais afetados, enfrentando dificuldades para se locomoverem e realizarem suas atividades diárias.
A situação da greve dos ônibus semiurbanos é mais um exemplo claro de como a falta de diálogo e de respeito aos direitos dos trabalhadores pode levar a situações extremas, prejudicando a população em geral. É essencial que haja uma resolução rápida e justa para este impasse, garantindo o direito de ir e vir dos cidadãos e o respeito aos direitos dos trabalhadores.
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