A manhã desta segunda-feira (17) começou com São Luís e as demais cidades da Ilha completamente sem ônibus. A greve dos rodoviários, já anunciada, teve início, deixando cerca de 700 mil usuários do transporte público sem alternativa viável para se deslocar. Como era esperado, a decisão judicial que determinava a circulação de 80% da frota não está sendo cumprida, intensificando os impactos da paralisação.
Nas paradas, o cenário foi de frustração e indignação. Passageiros esperaram por ônibus que não passaram e, sem opções, recorreram a transportes alternativos ou simplesmente desistiram de seus compromissos. O movimento grevista é motivado por reivindicações da categoria, que cobra das empresas um reajuste salarial e melhores condições de trabalho. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) reforça que, desde novembro de 2024, a categoria já havia apresentado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) a proposta de Convenção Coletiva de Trabalho para 2025, garantindo os direitos dos rodoviários para o ano vigente.
Enquanto empresários e trabalhadores não chegam a um consenso, a população segue pagando o preço da paralisação. Com o transporte público parado, a mobilidade na capital e região metropolitana fica comprometida, evidenciando a fragilidade do sistema e a dependência de milhares de maranhenses desse serviço essencial.