O jogo sujo do transporte: greve, enganação e mais dinheiro para os donos do sistema

Quando anunciou sua “solução” mirabolante para a greve de ônibus em São Luís, o prefeito Eduardo Braide (PSD) garantiu que usaria o dinheiro das empresas para bancar o transporte por aplicativo da população. O discurso era claro: “Vamos usar o dinheiro que iria aos empresários para pagar o seu transporte enquanto durar a greve.”

Mas, como já era de se esperar, a promessa não foi cumprida. O serviço de vouchers para aplicativos como 99 sequer foi garantido desde o início da paralisação. E o pior: segundo o blog Marco Aurélio d’Eça em vez de tirar dinheiro dos empresários, Braide aumentou em R$ 16 milhões o orçamento de subsídios para o setor em 2025, que já somava R$ 109 milhões. Para completar a farsa, a Prefeitura suspendeu os vouchers nesta sexta-feira (21), apenas um dia após iniciar o serviço, alegando a volta da frota de ônibus.

O roteiro se repete: empresários do SET, motoristas, prefeitura e Justiça Trabalhista encenam a mesma crise ano após ano, enquanto a população segue pagando a conta – seja com tarifas abusivas, precariedade no transporte ou promessas vazias de um prefeito que governa na base do improviso.

Alex filósofo

O jornalista Alex Filósofo (DRT: 2255/MA), professor e apaixonado pela Filosofia, também é empreendedor, blogueiro e graduando em Marketing Digital. Além disso, se destaca como ativista social e cultural. Sua formação intelectual, influenciada pelos pensamentos de grandes nomes da filosofia e da política, resulta em uma crítica sempre desafiadora e esclarecedora.

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