O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgou o mais recente Boletim Social, destacando a realidade da população negra no Maranhão. O estudo aponta avanços significativos na educação, renda e inserção no mercado de trabalho, refletindo políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades.
Com 79% da população maranhense se autodeclarando preta ou parda, os dados mostram crescimento na escolaridade, com a média de anos de estudo passando de 6,3 para 8,3 anos entre 2012 e 2024. Além disso, 10,5% da população negra já possui ensino superior completo, e a taxa de analfabetismo caiu para 12%, demonstrando uma evolução educacional importante.
No mercado de trabalho, a taxa de emprego da população negra chegou a 91,7% em 2023, com maior presença em setores de maior qualificação. No entanto, os rendimentos ainda revelam desigualdade, com negros recebendo 44,6% a menos que os não negros.
O estudo também aponta desafios na segurança e saúde. Em 2023, a taxa de homicídios entre negros foi de 29,8 para cada 100 mil habitantes, enquanto entre não negros foi de 17,4. Já na área da saúde, houve aumento nas consultas pré-natal entre mães negras, mas as mortes maternas ainda preocupam, com 76,9% dos óbitos relacionados a causas obstétricas diretas.
O Boletim Social do Maranhão pode ser acessado na íntegra no site do Imesc (www.imesc.ma.gov.br). A pesquisa reforça a importância de políticas públicas para garantir um Maranhão mais justo e igualitário.

– Estudo foi apresentando em evento da STC (Foto: Divulgação)