O Ministério das Comunicações do governo Lula gerou grande polêmica nas redes sociais ao publicar, na terça-feira (6/8), uma montagem da foto do pódio da ginasta brasileira Rebeca Andrade na Olimpíada de Paris, mas excluindo a atleta. Em seu lugar, foi colocado um computador para destacar as “conquistas” na era da inclusão digital, com a doação de 5,6 mil computadores e 600 pontos de inclusão digital (PIDs) estabelecidos em todo o país. A postagem afirmava que, assim como Rebeca brilhou em Paris, o ministério também estaria “subindo ao pódio da inclusão”.
A iniciativa gerou uma enxurrada de críticas por parte dos internautas, que consideraram a exclusão de Rebeca desrespeitosa e insensível. Entre as críticas, a internauta Luísa Varella questionou no perfil do ministério: “Tiraram uma mulher negra do pódio?”. Até mesmo integrantes do governo Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro criticaram a postagem. Diante da repercussão negativa, o Ministério das Comunicações apagou a publicação na manhã de quarta-feira (7/8) e emitiu uma nota de retratação, pedindo desculpas à atleta e aos brasileiros.
Na nota, o ministério reconheceu que a postagem “não foi adequada” e pediu “sinceras desculpas” a Rebeca Andrade e a todos os brasileiros, especialmente às mulheres negras, que veem na atleta uma grande representante. Um integrante do ministério, sob reserva, afirmou que a ideia era fazer uma montagem “bem-humorada” para falar da inclusão digital, sem a intenção de desmerecer Rebeca. Em uma nova publicação, o ministério expressou admiração pela atleta e suas conquistas, ressaltando a importância de Rebeca como uma mulher negra medalhista olímpica que representa o país.