O cenário político do Maranhão é palco de uma controvérsia envolvendo altas cifras e a representatividade dos trabalhadores da educação. O vice-governador e secretário estadual, Felipe Camarão, deflagrou um movimento audacioso ao requerer a expulsão de Raimundo Oliveira, presidente do Sinproesema, do Partido dos Trabalhadores (PT).
A ação de Camarão surge em resposta à decisão de Oliveira de endossar a destinação de 15% do valor dos precatórios do Fundef para honorários advocatícios, uma medida que desviaria mais de R$ 400 milhões dos recursos destinados aos professores. “Estou requerendo, neste momento, a expulsão do presidente do SINPROESEMMA do PT. Ele não representa os profissionais da educação e muito menos o partido dos trabalhadores e trabalhadoras”, declarou Camarão, evidenciando a cisão dentro do partido e o descontentamento com a gestão dos precatórios.
O Ministério Público estadual já se posicionou, recorrendo para reverter a decisão do ministro do STF, Nunes Marques, que autorizou os honorários. A situação coloca em xeque a integridade dos fundos educacionais e a lealdade partidária, desafiando o PT do Maranhão a reavaliar seus princípios e a conduta de seus afiliados em meio a um debate que transcende as fronteiras do estado.
