Na pacata cidade de Presidente Juscelino, onde até as galinhas da vizinha sabem mais sobre política do que o próprio prefeito, um novo mistério abala as estruturas: o curioso caso do patrimônio desaparecido do doutor Pedro.
Em 2020, quando decidiu se aventurar na política, o então candidato Dr. Pedro, homem de notáveis habilidades administrativas (que ninguém ainda conseguiu identificar), declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 828.513,39. Até aí, nada que surpreendesse os mais atentos observadores da política juscelinense: uma soma modesta para quem pretende sentar na cobiçada cadeira de prefeito.

Mas eis que o tempo passou, e com ele vieram as tão esperadas melhorias para o povo (que, a propósito, continua esperando). Dr. Pedro foi eleito, e seu patrimônio, ao invés de crescer, como ocorre com os meros mortais que se aventuram nos negócios, fez uma reviravolta digna dos melhores roteiros de ficção.
Segundo fontes que preferem permanecer anônimas (provavelmente para evitar risadas constrangedoras), o doutor, depois de subir ao poder, teria ampliado seu portfólio de investimentos com a aquisição de imóveis, o lançamento de uma grife pela esposa, uma suposta sociedade em clínicas em Teresina e no Ceará, e ainda teria se tornado sócio de alguns postos de gasolina. Nada mal para um gestor municipal de uma cidadezinha.
No entanto, em 2024, após quatro anos de mandato, o milagre financeiro mais impressionante da história contemporânea ocorreu: o patrimônio de Dr. Pedro diminuiu drasticamente. De acordo com a nova declaração à Justiça Eleitoral, o prefeito agora é dono apenas de uma casa em Presidente Juscelino, avaliada em modestos R$ 140 mil.

Resta ao cidadão juscelinense uma questão: como um homem, após adquirir tantos bens, pode agora possuir menos do que tinha antes? Talvez Dr. Pedro tenha descoberto a fórmula para transformar ativos em passivos, uma equação que nem mesmo os mais renomados economistas ousariam resolver.