Em São José de Ribamar, um fato curioso salta aos olhos: a Câmara Municipal não incomoda o prefeito. Sob o comando de Francimar Jacintho, o Legislativo parece ter esquecido que sua função principal é fiscalizar o Executivo. Projetos do interesse do executivo passam sem grandes questionamentos, problemas estruturais não recebem cobrança efetiva, e o caos administrativo da gestão de Dr. Julinho encontra um terreno político confortável para se manter
Dados disponíveis nos Portais da Transparência de Raposa e São José de Ribamar indicam que o pai e o marido da presidente da Câmara, Francimar Jacintho, aparecem como servidores da Câmara de Raposa desde fevereiro. Os mesmos nomes também constam como funcionários de uma empresa contratada pela Prefeitura de Ribamar, comandada pelo prefeito Dr. Julinho, aliado político de Francimar.
A situação desperta questionamentos sobre a independência do Legislativo municipal, cuja função é justamente fiscalizar o Executivo. Quando familiares de quem ocupa a presidência da Câmara estão ligados a contratos do próprio Executivo aliado, a linha entre a função fiscalizadora e o interesse pessoal fica turva.
O caso, segundo informações já levadas ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, também é objeto de uma Ação Popular que tramita na Justiça. Enquanto isso, São José de Ribamar enfrenta problemas que o morador vê no dia a dia: ruas esburacadas, lixo acumulado, escolas precárias e uma saúde sobrecarregada. Até o momento, nenhum dos citados se manifestou sobre a situação.

