A recente declaração do governador Carlos Brandão (PSB) sobre a “unidade como melhor caminho” provocou intensos debates no cenário político maranhense. Sua fala, interpretada por muitos como um possível gesto de apoio ao vice-governador Felipe Camarão (PT) para 2026, foi recebida com entusiasmo por aliados. No entanto, enfrenta resistências vindas principalmente de setores ligados ao grupo de Flávio Dino, que demonstram pouca abertura para essa aproximação.
A senadora Eliziane Gama (PSD) adotou um tom otimista, destacando a importância de gestos concretos para consolidar a unidade. “Conversas francas, alinhamento de projetos e definição de espaços são passos essenciais. Assim, poderemos começar 2025 já encaminhados para 2026”, afirmou. Já o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), reforçou a confiança em Brandão como protagonista dessa construção, citando experiências bem-sucedidas anteriores.
Por outro lado, figuras como Othelino Neto (Solidariedade) e Dr. Yglésio Moyses (PRTB) expressaram ceticismo em relação à unidade proposta. Othelino classificou a ideia como contrária aos princípios de uma gestão republicana, enquanto Dr. Yglésio destacou preocupações sobre um possível retrocesso político ao reaproximar-se do grupo de Flávio Dino. “Unidade não se impõe, se constrói”, acrescentou o deputado Carlos Lula (PSB), enfatizando a necessidade de priorizar os interesses da população.
O que se percebe é um cenário onde o governador Carlos Brandão demonstra vontade clara de construir pontes e fortalecer alianças, mas enfrenta resistências internas de parte do grupo dinista, que prefere manter distância. O futuro dessa proposta dependerá da capacidade de Brandão em superar essas barreiras e consolidar um projeto de unidade em prol do Maranhão. Resta saber se 2026 será marcado pela união ou pela intensificação dos conflitos políticos no estado.
Foto: Marco Aurélio d’Eça
