Natália Azevedo também é suspeita de usar cargo para fazer política garantir a reeleição do esposo
Apesar da legislação eleitoral proibir que servidores públicos atuem em comitês de campanha eleitoral durante o expediente, a diretora do Hospital Regional de Morros (UPA), Natália Azevedo, que é primeira-dama de Icatu, tem sido flagrada na campanha à reeleição do marido, Wallace Azevedo.
Além disso, Natália também está sendo acusada de abusar de suas funções para fortalecer a campanha do companheiro, que sofre pelo alto desgaste pela pífia gestão no comando da prefeitura icatuense. Por conta disso, fontes consultadas pela reportagem em reserva classificam a situação como “um absurdo”.
Para os informantes, Natália Azevedo vem abusando de suas funções ao usar a estrutura do hospital para fazer política visando potencializar a reeleição de Wallace.
“É um absurdo uma diretora fazer isso. O Hospital Regional não deveria ser usado dessa forma”, afirmou uma fonte que atua na unidade. “Ela tem condicionado a realização de alguns procedimentos em troca de votos no esposo. Por conta disso, muitas pessoas do município acabam buscando outras opções”, completou.
O Hospital Regional de Morros é uma unidade que conta com atendimentos especializados em clínica médica, obstetrícia, Pediatria e serviços de apoio e diagnóstico. O espaço conta ainda com os serviços de raio-x e exames laboratoriais.
Flagrante da ilegalidade
Para constatar algumas das ilegalidades flagramos a diretora da unidade participando de algumas atividades politicas em Icatu em pleno horário de expediente, ferindo regras previstas no estatuto do servidor público, incorrendo em improbidade administrativa e até mesmo ferindo a legislação eleitoral.
Especialistas consultados pela reportagem avaliam que, ao estar atuando em atividades que destoam do previsto no contrato de trabalho, a prática de Natália Azevedo pode se configurar improbidade administrativa, por se tratar de uso da máquina por candidatos a cargos públicos.
Veja o que diz a lei
A lei eleitoral proíbe que servidores públicos atuem em comitês de campanha eleitoral durante o expediente. Já a Lei de Improbidade Administrativa que causa lesão ao erário veda o uso de mão de obra do servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. Para servidores federais, o estatuto do servidor proíbe o uso de pessoal ou recursos materiais de repartição em serviços ou atividades particulares e a designação do servidor para funções alheias às definidas para o cargo que ocupa.