Em uma sexta-feira que prometia ser apenas mais um marco na educação de São Luis, o prefeito Eduardo Braide apresentou à comunidade da Estiva a nova face da escola Arimatéia Cisne, agora renovada e pronta para acolher sonhos e saberes. A reforma, um clamor antigo dos moradores, chegou como um sopro de dignidade para os corredores que ecoam o futuro dos pequenos ludovicenses. No entanto, sob o verniz das novas pinturas e o brilho dos sorrisos esperançosos, uma figura controversa se destacava entre os presentes, trazendo à tona questionamentos que transcendem os muros da instituição.
A presença do vereador Domingos Paz, cujo nome tem sido associado a investigações de assédio e estupro de vulnerável, lançou sombras sobre a cerimônia. O deputado Yglesio Moisés, não deixou passar a ironia da situação: a secretária de Educação com uma camisa da luta contra o abuso compartilhando o palco com alguém sob o peso de acusações tão graves. O deputado Yglesio, com a sutileza de um bisturi social, não perdeu a chance de comentar o episódio, tecendo críticas veladas em suas redes sociais.
A comunidade, dividida entre a gratidão pela melhoria na infraestrutura educacional e o desconforto com a política local, encontrou-se em um dilema moral. Por um lado, a escola Arimatéia Cisne representa um avanço significativo para a educação na zona rural de São Luis. Por outro, a presença de Domingos Paz, vestindo simbolicamente a camisa da luta contra o abuso enquanto enfrenta um processo de cassação, levanta questões sobre ética e representatividade.