Getúlio Vargas já alertava: “Geralmente os que sentam à mesa sem apetite são os que mais comem.” E parece que alguns, que fingem desinteresse, estão de olho num banquete de recursos públicos.
No último mês, Paço do Lumiar tem sido o Vale do Silício das ONGs, com o surgimento repentino de diversos institutos até então desconhecidos. O que chama atenção não é apenas a quantidade dessas entidades, mas a proximidade desses “institutos” com figuras políticas do município.
Segundo informações repassadas com exclusividade por fontes posicionadas estrategicamente, muitos desses institutos seriam, na verdade, ligados a vereadores e teriam sido criados com um propósito claro: acessar recursos públicos sob o pretexto de projetos sociais. Algumas dessas organizações sequer sede própria tem, com seus perfis nas redes sociais criados recentemente às pressas para dar um verniz de legitimidade.
A suspeita que paira sobre essa movimentação é que tais institutos estejam sendo utilizados como instrumentos para escoar verbas públicas sem a devida transparência. Segundo fontes o fato já foi denunciado no ministério público. Enquanto isso, entidades importantes como a Banda do La Rocque, que tem 3 décadas de serviços prestados ao município, tem sido abandonada pelos agentes públicos conforme publicado por este blog Crítica Cotidiana, em matéria entitulada “Tradição ameaçada? Banda do La Rocque é ‘convidada’ a deixar sede após 29 anos”. Resta saber se as autoridades competentes agirão para coibir esse tipo de manobra ou se a farra continuará sem consequências.