Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, descreveu a vida humana como uma alternância entre dor e tédio: a dor do desejo de conquistar algo e o tédio que surge quando esse desejo é saciado. “A vida humana transcorre, portanto, toda inteira entre o querer e o conquistar.” Essa visão filosófica se aplica bem à atuação de alguns vereadores de Paço do Lumiar, que, após tanto desejarem seus cargos, agora parecem inertes, deixando a população enfrentar sozinha os desafios do município.
O cenário legislativo da cidade é alarmante, com vereadores que não apresentam nenhum projeto de lei desde 2022. Alguns aproveitaram o cargo para beneficiar instituições que levam seu nome – muito coveniente diga-se de passagem – com propostas que pouco atendem às demandas da população, os vereadores seguem recebendo salários de R$ 9.800,00, pagos pelos contribuintes, sem oferecer contrapartidas significativas.
Uma rápida análise no site da Câmara Municipal de Paço do Lumiar revela a dura realidade: anos de inércia legislativa e a ausência de ações transformadoras. Essa estagnação faz com que os vereadores fiquem presos ao “tédio do conquistado”, enquanto a população enfrenta a “dor do esquecimento”.
Com o início de uma nova legislatura a esperança do luminense se renova nos novos vereadores já que os antigos deixaram muito a desejar.