Declínio das taxas de natalidade desafia políticas globais e ameaça economias

Governos ao redor do mundo têm investido bilhões em incentivos para reverter o declínio das taxas de natalidade, mas até agora, os resultados são frustrantes. O fenômeno, que especialistas da Fundação Robert Schuman chamam de “suicídio demográfico”, preocupa economistas e demógrafos, pois pode desencadear uma crise global nos sistemas previdenciários e na força de trabalho.

Exemplos desse fracasso se multiplicam. Em Lestijärvi, a segunda menor cidade da Finlândia, um programa que pagava €1.000 anuais por 10 anos às mães de recém-nascidos gastou mais de €400.000 sem conseguir frear a queda populacional, que encolheu 20% desde o início da iniciativa. Em outros países, medidas variam de tratamentos de fertilidade gratuitos na China a financiamento estatal de encontros no Japão, mas nenhuma delas conseguiu resultados significativos.

Para especialistas como Sarah Harper, do Instituto Oxford de Envelhecimento Populacional, a pressão social sobre as mulheres para terem filhos está desaparecendo, enquanto Heidi Colleran, do Instituto Max Planck, ressalta que as causas do declínio da fertilidade ainda são incertas. A ONU projeta que, até 2100, apenas 12 países – 11 deles na África – terão taxas de natalidade acima do nível de reposição populacional. Isso significa um futuro desafiador, com menos trabalhadores ativos sustentando um número crescente de aposentados, pressionando economias e exigindo novos modelos de desenvolvimento social e econômico.

Alex filósofo

O jornalista Alex Filósofo (DRT: 2255/MA), professor e apaixonado pela Filosofia, também é empreendedor, blogueiro e graduando em Marketing Digital. Além disso, se destaca como ativista social e cultural. Sua formação intelectual, influenciada pelos pensamentos de grandes nomes da filosofia e da política, resulta em uma crítica sempre desafiadora e esclarecedora.

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