Uma nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), busca alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para implementar uma escala de trabalho mais justa e reduzir a carga horária dos trabalhadores brasileiros. No entanto, a proposta, que já conta com 71 assinaturas, encontrou resistência justamente entre os deputados do PL, partido de Jair Bolsonaro, que se recusaram a apoiar a medida. Para dar início à tramitação, ainda são necessárias 171 assinaturas, uma meta que enfrenta obstáculos políticos e interesses de classe.
Os opositores da PEC, muitos dos quais são beneficiados por uma agenda flexível de “três dias de trabalho e quatro de folga,” parecem ignorar a realidade dos trabalhadores que enfrentam uma exaustiva rotina de seis dias de serviço e um único dia de descanso. Essa disparidade é gritante em um país onde a qualidade de vida e a saúde mental de milhões dependem da readequação de suas jornadas. Ao rejeitar a iniciativa, os deputados do PL mantêm uma estrutura laboral que favorece as elites enquanto empurra a classe trabalhadora para mais exploração.
A PEC de Erika Hilton representa um sopro de justiça para os trabalhadores, ao buscar condições de trabalho mais dignas e um equilíbrio entre vida profissional e pessoal. O fato de deputados do PL negarem apoio a uma mudança tão essencial evidencia o distanciamento entre seus interesses e as necessidades do povo. Como o partido que se alinha com Jair Bolsonaro, essa decisão reforça o caráter anti-popular e elitista de suas pautas, distantes da realidade de quem verdadeiramente sustenta o país com seu suor diário.