Doze horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter condenado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o vice em sua chapa nas eleições do ano passado, Walter Braga Netto, por uso político das comemorações do Bicentenário da Independência, a bancada do PL na Câmara dos Deputados segue em silêncio. O site O GLOBO mapeou as redes sociais dos 98 parlamentares que integram o partido e, até às 10h desta quarta-feira, apenas cinco haviam se manifestado sobre o tema.
Um dos que se posicionou foi o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que criticou o “oportunismo” de algumas personalidades da direita. “Durante o governo Bolsonaro muitos, que hoje esbravejam, estiveram calados ou faziam ‘críticas construtivas’. Diante do atual cenário dão uma de leão, mas no fundo não passam de oportunistas'”, escreveu o deputado no X (antigo Twitter).
Além de Eduardo, Cabo Gilberto Silva (PB), Carlos Jordy (RJ), José Medeiros (MT) e Zé Trovão (SC) fizeram publicações em defesa ao ex-mandatário. Líder da oposição na Câmara, Jordy caracterizou a condenação como “perseguição”.
Desde que a Corte Eleitoral determinou que a chapa do ex-presidente fosse condenada por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, outras pautas têm mobilizado o debate da base de Bolsonaro. Entre elas, a aprovação do projeto que aumentou a pena dos crimes de furto, roubo, receptação de produtos roubados e latrocínio. A tendência é de cada vez mais políticos antes aliados se distanciarem da “catinga” de Bolsonaro.
Fonte: O GLOBO