Na última sexta-feira (23), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) concluiu uma ronda fiscalizatória que passou a lupa em hospitais, UPAs e maternidades de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar. A visita — realizada à noite por doze unidades — teve um alvo claro: verificar se o que está no papel corresponde à realidade enfrentada por quem depende da saúde pública.
A fiscalização analisou desde a acessibilidade das unidades até certificados sanitários, segurança de pacientes, controle de filas e presença de servidores. Tudo para checar se a estrutura oferecida aos moradores da Grande Ilha minimamente sustenta o discurso institucional que governos propagam.
Esse trabalho integra o Plano Bienal de Fiscalização do TCE, iniciado em 2023. Ou seja, não foi feito às pressas e nem como resposta a denúncias — é parte de uma estratégia que busca, no mínimo, clarear os bastidores da saúde oferecida aos maranhenses.
O secretário de fiscalização do órgão, Fábio Alex de Melo, foi direto: “Estamos verificando se o atendimento está dentro dos padrões. O controle externo atua para garantir que o cidadão tenha acesso à saúde com dignidade”.
Mais do que relatórios, essa fiscalização serve de termômetro sobre o quanto ainda falta para termos uma política de saúde que respeite as filas, os corpos e os direitos da população da periferia à capital.

